Os 193 membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) farão uma rara sessão especial de emergência nesta […]

Assembleia especial das Nações Unidas debate situação de Jerusalém

Os 193 membros da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) farão uma rara sessão especial de emergência nesta quinta-feira (21), a pedido de países árabes e muçulmanos, a respeito da decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel. A informação é da agência Reuters.

O enviado palestino à ONU, Riyad Mansour, disse que a Assembleia Geral votará um esboço de resolução que pede que a declaração de Trump seja retirada, o que foi vetado pelos EUA na reunião do Conselho de Segurança da ONU de 15 integrantes na segunda-feira (18). Os outros 14 membros do conselho votaram a favor de uma resolução redigida pelo Egito, que não mencionou os EUA ou Trump especificamente, mas expressou “profundo pesar com decisões recentes relativas ao status de Jerusalém”.

Ainda na segunda-feira Mansour disse que espera haver um “apoio majoritário” à resolução na Assembleia Geral. Tal votação não tem caráter obrigatório, mas tem peso político.Segundo uma resolução de 1950, uma sessão especial de emergência pode ser convocada na Assembleia Geral para analisar uma questão “com vistas a fazer recomendações apropriadas aos membros para medidas coletivas” se o Conselho de Segurança se omitir.

Só 10 sessões do tipo da que será realizada na quinta-feira já foram convocadas. A última vez em que a Assembleia Geral se reuniu para uma delas foi em 2009, para tratar de Jerusalém Oriental sob ocupação e dos territórios palestinos. A reunião de quinta-feira será uma retomada daquela sessão.

Reversão

Com sua decisão sobre Jerusalém, Trump reverteu décadas de política externa dos EUA, ao reconhecer a cidade como a capital israelense, provocando revolta nos palestinos e no mundo árabe e preocupação entre os aliados ocidentais de Washington. O esboço de resolução da ONU também conclamou todos os países a evitarem estabelecer missões diplomáticas em Jerusalém.

A embaixadora norte-americana na ONU, Nikki Haley, disse que a resolução foi barrada no Conselho de Segurança em defesa da soberania dos EUA e do papel de seu país no processo de paz israelo-palestino.

Ela criticou a decisão do Conselho de Segurança, classificando-a como um insulto a Washington e um constrangimento para os membros do Conselho. Israel considera Jerusalém como sua capital eterna e indivisível e quer todas as embaixadas na cidade. Os palestinos querem a capital de um futuro Estado independente no setor oriental de Jerusalém, que os israelenses capturaram na Guerra dos Seis Dias de 1967 e anexaram, uma ação jamais reconhecida internacionalmente.

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Por Agência Brasil

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