Conforto, segurança e uma gama de serviços são coisas que fazem falta no Porto Organizado de Manaus (Roadway), informaram usuários. […]

Com infraestrutura precária e preço alto para entrada, Porto de Manaus é alvo de reclamações

Conforto, segurança e uma gama de serviços são coisas que fazem falta no Porto Organizado de Manaus (Roadway), informaram usuários. As más condições de infraestrutura, observadas especialmente na ponte que dá acesso à balsa de embarque e desembarque, além da alta taxa cobrada pela empresa concessionária para a pessoa entrar no local, que deveria ser um dos cartões postais da cidade, também são motivo de reclamação e insatisfação.

A cozinheira Maria Francisca de Jesus, 54, diz que o porto não tem nenhuma atratividade e a pessoa ainda paga caro para entrar. “Até para buscar uma encomenda é necessário desembolsar no mínimo R$ 5. Ninguém entra se não comprar uma passagem, o que é um absurdo. Cinco reais é o valor da viagem do Roadway para o Cacau-Pirêra. Para onde vai esse dinheiro? Não é para melhoria do porto porque ele está com uma estrutura precária”, afirmou.

Para quem transita de carro a situação é mais dispendiosa. A pessoa tem que pagar R$ 20 para entrar no porto e ainda enfrenta problemas para chegar à balsa de embarque e desembarque devido aos buracos e falhas da pista. A ponte por onde os veículos trafegam tem vários trechos com asfalto desgastado e as ferragens à mostra. Um perigo na opinião dos condutores, principalmente quando chove, haja vista que os buracos ficam com água empossada.

O motorista de táxi-frete Edmundo Costa dos Santos, 60, conta que as mudanças ocorridas no porto não trouxeram melhorias. Há dez anos, conforme ele, quando começou a trabalhar no ramo, o preço cobrado para o táxi-frete entrar no local era R$ 5, hoje é R$ 18. “É muito caro. Se a gente entrar dez vezes, indo pegar passageiro ou não, temos que pagar R$ 18 em cada uma delas. Às vezes ficamos no prejuízo. Essa taxa deveria ser revista”.

Para a estudante Paula Teixeira, 27, o porto não está à altura da cidade. É carente de infraestrutura e de serviços. “Estamos na área mais rica e bela da cidade: o Centro Histórico, além disso, ainda tem o rio Negro, que por si só já é uma atração belíssima, mas o porto não tem nada para atrair as pessoas, nem sequer um lanche, e o pior é que para entrar ainda é preciso pagar. Isso é triste, pois esse local tem tudo para ser um ponto turístico maravilhoso”.

Em junho de 2014, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) entregou as novas instalações do Porto de Manaus que foram reformadas pelo órgão em função dos jogos da Copa do Mundo. Na época, foram investidos cerca de R$ 15 milhões, com a entrega da Praça dos Ingleses e novas instalações sanitárias, incluindo estrutura especial para deficientes.

O restante das obras, que incluía recuperação das estruturas dos dois flutuantes, recuperação das pontes, construção de passarela climatizada e construção de 100 metros de flutuante no cais do Roadway que seria concluído até 2015, não saiu do papel.

Deixe um comentário