Uma criança de dois anos e mais oito pessoas foram vítimas de ataques de morcegos na comunidade Nova Jerusalém, em […]

Criança de dois anos e mais oito pessoas são atacadas por morcegos em área ribeirinha

Uma criança de dois anos e mais oito pessoas foram vítimas de ataques de morcegos na comunidade Nova Jerusalém, em uma área ribeirinha, localizada a quase 80 km de Manaus. Após o caso, técnicos da Vigilância em Saúde realizaram ação preventiva na região.

Entre as pessoas atacadas, sete estavam na mesma casa. Entre elas, mãe e criança precisaram de tratamento em Manaus e seguem em observação. A secretária municipal de Saúde, em exercício, Adriana Elias comentou o trabalho realizado na região.

“A Semsa foi acionada e imediatamente destacou a equipe de Vigilância Epidemiológica para investigação e acompanhamento do caso, confirmando a agressão à criança e à mãe por morcego, em casa, no dia 13. De acordo com relatos da mãe, a criança apresentou, no dia seguinte, febre e dor abdominal. Ambas foram trazidas para Manaus e receberam soro e vacinação na Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado, em Manaus”, informa a secretária.

Segundo a investigação epidemiológica, além da mãe e da criança, mais cinco pessoas da família foram agredidas na mesma casa, e outras duas pessoas na mesma comunidade, totalizando nove pessoas agredidas por morcegos.

Os profissionais de saúde trouxeram neste sábado (19) para Manaus mais cinco pessoas da família agredida para receberem a vacina mais o soro ou a imunoglobulina.

Até o momento, nenhuma delas apresentou sintomas de raiva humana, se caracterizando como casos de atendimento antirrábico devido à agressão por animal silvestre.

Identificação

Nesta terça-feira (22) o Departamento de Vigilância Ambiental e Epidemiológica (Devae) da Semsa vai enviar outra equipe composta por técnicos para identificar qual a espécie de morcegos hematófagos causou as agressões e o porquê da mudança no comportamento dos animais.

Segundo a diretora do Devae, enfermeira Marinélia Ferreira, o trabalho será executado durante a noite, porque envolve captura de morcegos para análise e aplicação de pasta vampiricida para eliminação de colônias remanescentes.

“Acreditamos que causas ambientais possam ter provocado a mudança de comportamento dos morcegos, que normalmente se alimentam do sangue de animais como cavalos, bois, galinhas, cães e gatos. O sangue humano é a última opção na alimentação desses indivíduos”, relata Marinélia.

Prevenção

Todos os morcegos podem carregar o vírus da raiva e, para que ocorra a transmissão, é necessário o contato da saliva com o sangue. Por isso, os morcegos hematófagos, que mordem os animais, são os principais transmissores.

Zoonose

É transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, mas também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais. A vacinação anual de cães e gatos é uma medida eficaz de prevenção da raiva nesses animais e, consequentemente, da raiva humana.

Fonte: G1 Amazonas

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