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Horas após o TRF-4 manter a condenação de Lula, Dodge pede arquivamento de inquérito contra Serra

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu o arquivamento de um inquérito que investiga o senador José Serra (PSDB-SP). A investigação, baseada na delação premiada de Joesley Batista e de outros executivos da J&F, apura se Serra deixou de declarar à Justiça Eleitoral parte das doações recebidas para abastecer a campanha à Presidência da República de 2010.

Raquel Dodge afirmou que o prazo de prescrição para o crime é de seis anos, ou seja, já está esgotado. A relatora do caso é a ministra Rosa Weber, que decidirá se atende ao pedido ou não. A praxe no Superior Tribunal Federal (STF) é aceitar as solicitações de arquivamento feitas pela Procuradoria-Geral da República.

A procuradora-geral ressaltou que o crime já estava prescrito desde o pedido de abertura do inquérito, feito em agosto de 2017 pelo seu antecessor no cargo, Rodrigo Janot.

“Por evidente, não há como prosseguir com a investigação. Ante o exposto, manifesto-me pelo arquivamento do presente inquérito”, escreveu Raquel Dodge.

Na delação, Joesley disse, que a pedido do tucano, foram repassados R$20 milhões à campanha. Desse total, apenas R$ 13 milhões teriam sido declarados oficialmente à Justiça Eleitoral. O restante teria sido repassado, por meio de emissão de notas pela empresa LRC Eventos e para uma empresa de pesquisa.

Nota

Na época, Serra divulgou uma nota alegando inocência das acusações. Num trecho ele ressaltou que suas campanhas foram conduzidas dentro dos trâmites legais.

“O senador José Serra reitera que todas as suas campanhas eleitorais foram conduzidas dentro da lei, com as finanças sob responsabilidade do partido. E sem nunca oferecer nenhuma contrapartida por doações eleitorais”.

 

*Com informações: O Globo

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