Durante muito tempo, os filmes e desenhos de ficção científica – Os Jetsons que o diga – relataram um mundo […]

O fim das profissões profissionais

Durante muito tempo, os filmes e desenhos de ficção científica – Os Jetsons que o diga – relataram um mundo futuro onde máquinas e robôs inteligentes realizavam serviços auxiliares para humanos preguiçosos e despreocupados: Empregadas domésticas, porteiros, vigias, cuidadores de crianças e de animais, serviçais públicos e mais um monte de máquinas auxiliares que tornariam o sonho dos gregos da era clássica uma realidade perfeita; a humanidade estaria livre dos trabalhos manuais e, os homens, se dedicariam apenas às artes, à política e às atividades intelectuais mais elevadas, abolindo inclusive o perverso sistema escravista.

Contudo, o avanço tecnológico e o desenvolvimento de inteligência artificial estão produzindo uma realidade diferente daquela protagonizada nas estórias de ficção, posto que, a nova ciência cibernética está criando inteligência e sistemas artificiais médico, econômico, jurídico, psicológico, administrativo e, também, pedagógico. E isso, pode ajudar a criar uma sociedade onde muitas das profissões antes valorizadas e perseguidas por todos, passem a ser apenas serviços assessorais aos sistemas artificiais, que poderão ser mais precisos, mais presentes e muito mais baratos.

Dois sistemas interessantes já estão em operação

Um para diagnóstico de câncer de mama, que tem precisão 30% maior que de médicos formados.
Outro se chama jurismetria, que relaciona crimes, teses de defesa e decisões anteriores de juízes, indicando qual a probabilidade de sucesso real nos tribunais americanos, em processos novos.

Na medida que mais equipamentos robóticos forem confirmando que são mais eficientes que os humanos, mais investimentos serão direcionados para produzir outros sistemas e equipamentos em amplas áreas da vida profissional, enquanto as Rosie dos Jetsons, serão compradas a preço de banana em qualquer cybermercado chinês.

 

José Walmir Monteiro da Silva é escritor, professor e economista.

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