Por Iago Garcia Essa segunda-feira (15/04/19) foi inesquecível para milhares de turistas que visitavam Paris. Mas não exatamente da forma […]

“O fogo se confundia com o pôr-do-sol”, conta brasileira em Paris

Por Iago Garcia

Essa segunda-feira (15/04/19) foi inesquecível para milhares de turistas que visitavam Paris. Mas não exatamente da forma como haviam imaginado ao comprar as passagens e fazerem reservas. O incêndio que destruiu parte da catedral de Notre-Dame despertou nos visitantes, assim como nos locais, um sentimento de comoção. À frente, queimava um dos maiores símbolos da cidade luz.

Desde os primeiros sinais do fogo, registrados por volta das 18h50, o espanto gerou reações. Visitantes e parisienses olhavam para o incêndio sem poder fazer nada. Quase 900 anos de história eram consumidos e observados por todos, parisienses, visitantes e expectadores de todos os cantos do mundo, que viam as cenas pelas redes sociais em tempo real. Até quase a meia-noite, uma multidão ainda lotava a região. 

Mesmo quem não começou o dia na Île de la Cité – espécie de ilha urbana onde a catedral foi erigida a partir de 1163 – acabou sendo levado até lá. Foi o caso da carioca Paula Coelho, de 28 anos, que estava no quarto de hotel quando ouviu helicópteros sobrevoarem a região.

“Estava descansando quando de repente tudo virou do avesso. Recebi diversas mensagens de amigos preocupados”, contou. Estudante de cinema, Paula estava no último dia em Paris e já tinha visitado o local. Ainda assim concordou quando ouviu dos pais: “Vamos lá, o que está acontecendo é histórico”.

Com a Île de la Cité interditada, os espectadores aglomeraram-se em volta do Rio Sena, que separa a “ilha” da catedral de Notre-Dame.

“Era quase uma marcha. Todo mundo andando na mesma direção, chorando, com celular na mão. Tinha também uma beleza. De um lado era a fumaça da Notre-Dame e do outro o pôr-do-sol. Tudo se confundia em um tom laranja. Foi uma coisa que me chocou muito. Era bonito e trágico ao mesmo tempo”, relatou a futura cineasta.

Morando em Paris há 8 meses, a catarinense Karina Raposo foi uma das poucas pessoas que conseguiram permanecer dentro da ilha. Por trabalhar perto da catedral, ela viu as primeiras chamas e os gritos. Desceu de imediato. “Junto com as batidas do sino das 19h, a igreja em chamas anunciava as horas e, no fundo, já ouvia sirenes. Nunca vou me esquecer da cena”, contou. 

“Minha primeira reação foi colocar nas redes sociais. Era, não pelas razões que eu gostaria, um momento histórico”, prosseguiu. 

Tributo à catedral
Por horas a fio, a catedral queimou. A torre central foi consumida e muito da estrutura que aguentou duas guerras mundiais cedeu. Centenas de turistas se juntaram ao lado de parisienses e jornalistas para testemunhar a cena. 

Fonte: Metrópoles

Veja a matéria completa: Metrópoles  https://bit.ly/2UmxSam

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