Um adolescente morreu depois de ser estrangulado na noite de domingo (18), no bairro Mauazinho, situado na zona norte da […]

Padrasto suspeito de estrangular enteado de 13 anos é preso na zona norte

Um adolescente morreu depois de ser estrangulado na noite de domingo (18), no bairro Mauazinho, situado na zona norte da capital amazonense. Carlos Eduardo da Silva Martins, de 13 anos, foi encontrado com marcas de violência na casa onde morava com a família. O padrasto, identificado como Naldo da Silva e Silva, 35, é suspeito de matar o garoto após agredi-lo. Ele foi preso, mas nega o crime e afirma que encontrou o enteado enforcado no punho de rede.

O estudante Carlos Eduardo morava com a mãe, o padrasto e dois irmãos de seis e oito, filhos do casal em uma casa na rua Beira Alta, no beco São Francisco. Momentos antes de ser encontrado praticamente sem vida, o estudante comemorava o aniversário de 30 anos da mãe Rosa Maria Cunha.

“Tinha familiares e mais 16 pessoas amigos da igreja da mãe do Eduardo. A minha irmã foi para a igreja, enquanto o Naldo e o meu sobrinho foram deixar eu e minha outra irmã no ponto de ônibus. O Eduardo me abraçou e disse: tia te amo. Ele não queria que fôssemos embora. Percebi que tinha algo errado, mas acabamos subindo no ônibus e fomos embora. Acho que ele estava com medo”, contou a tia do garoto, a dona de casa Rozana Cunha, de 23 anos.

O padrasto e o enteado voltaram para casa. Os dois ficaram sozinhos no imóvel e minutos depois o adolescente foi encontrado desacordado em um quarto da casa, por volta das 19h20.

“Só deu tempo de chegar em casa e me ligaram dando a notícia de que encontraram o Eduardo quase sem vida”, disse a tia.

O padrasto do estudante ligou para uma amiga da esposa e avisou que o menino teria se enforcado nos cordões de uma rede na casa. Vizinhos chamaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e Carlos Eduardo foi levado para o Hospital Pronto-Socorro (HPS) Joãozinho. Os médicos tentaram reanimá-lo, mas o garoto morreu. O Instituto Médico-Legal (IML) constatou que houve compressão centros respiratórios que causaram edema cerebral.

Logo após morte do garoto, familiares passaram a suspeitar do padrasto, que foi visto por dois vizinhos discutindo e travando luta corporal com o enteado. A vítima foi encontrada com roupa suja de lama, com escoriações pelo corpo e a casa estava com objetos revirados.

O enteado e o padrasto tinham uma relação conturbada, de acordo com familiares. O garoto morava com mãe e o padrasto desde os sete anos de idade.

“Ele deu três versões diferentes. Primeiro disse que meu sobrinho se enforcou no punho da rede, depois disse que estava enrolado na rede e depois disse que o Eduardo passou mal após tomar açaí. Ficou se contradizendo. Meu sobrinho estava com pescoço quebrado, arranhado e com roupas sujas. Como ele se enforcaria em uma rede tão baixa se ele era alto? O Eduardo não gostava dele e era tratado com ignorância pelo padrasto. Ele queria voltar a morar com os avós em Codajás, mas não demos ouvidos”, afirmou Rozana Cunha.

Por volta das 5h40 da manhã desta segunda-feira (19), o vendedor de cosméticos Naldo da Silva e Silva foi preso em flagrante por policiais militares da 29ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom). Ele foi encontrado no Beco Real no bairro Mauazinho, não resistiu à prisão e foi levado para Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS).

A tia da vítima suspeita que o cunhado tenha estrangulado Carlos Eduardo depois que o adolescente teria filmado uma suposta traição do padrasto.

“Ficamos sabendo depois da morte do meu sobrinho desse vídeo que o Eduardo gravou o Naldo traindo a mãe dele. O padrasto sabia da existência do vídeo. Eu já tinha alertado minha irmã sobre ele, mas ela não acreditou”, comentou a tia.

Naldo da Silva foi detido pela PM e levado para delegacia – Foto: Adneison Severiano/G1 AM

Com informações da fonte: Portal G1

Deixe um comentário