Em entrevista ao Portal Tucumã na manhã desta terça-feira (18), o candidato à reeleição ao cargo de deputado estadual, Platiny […]

“Pretendemos devolver o dinheiro do esporte para os bairros e municípios do AM”, diz Platiny Soares durante entrevista

Em entrevista ao Portal Tucumã na manhã desta terça-feira (18), o candidato à reeleição ao cargo de deputado estadual, Platiny Soares (PSB), comentou acerca dos diversos problemas que acometem o estado do Amazonas e falou sobre suas propostas para um eventual novo mandato. Logo nos primeiros minutos da entrevista, que fora transmitida pelo Facebook, o candidato falou sobre as posições políticas do seu atual partido e acerca do seu apoio particular a Bolsonaro para presidente da República e também à candidatura de David Almeida (PSB) ao posto de governador do Estado.

“O PSB optou por não apoiar oficialmente nenhum candidato a presidente da República. Quanto ao Governo do Estado, nós temos um candidato ao governo dentro do partido, do qual sou um aliado declarado. O deputado David Almeida com certeza tem meu apoio e meu voto.  Hoje, dentro do cenário de presidente da República, o PSB não definiu candidatura. Contudo, é público e notório, não só o meu apoio, mais sim a minha amizade com o deputado Jair Bolsonaro. Onde durantes os últimos anos recepcionei ele aqui no Amazonas”, salientou.

Em um segundo momento, o parlamentar foi convidado a comentar sobre o atual momento que vive a Zona Franca de Manaus (ZFM). Platiny optou por se aprofundar no tema, falou sobre os ataques que modelo sofre e diminuição da força da ZFM a cada ataque. O deputado questionou ainda se a Zona Franca deve sobreviver somente de renúncia fiscais e apontou alternativas para a economia local.

“Hoje nós não podemos pensar que o modelo ZFM tem que se sustentar única e exclusivamente por renúncia de tributos. Mas precisamos desenvolver no Estado do Amazona outros atrativos, por exemplo, as fábricas hoje instaladas aqui, pagam tributos relacionados à Universidade Estadual do Amazonas (UEA). Porém, todas as indústrias alegam que, a ”UEA  não forma profissionais suficientes para o próprio o polo”, disse.

Para o deputado, é preciso dar autonomia a UEA, qualificar e formar profissionais direcionados para o Polo Industrial de Manaus (PIM), melhorar a logística local e produzir conhecimento para o crescimento da indústria no Estado. Ao ser questionado sobre a alegação de parlamentares federais sobre a BR-319, que disseram ser os responsáveis por levantar a bandeira da obra e buscar apoio político para a conclusão da mesma, bem como uma possível intervenção dos empresários de embarcações no intuito de travar o andamento da BR. Platiny aproveitou a oportunidade, comentou acerca da importância da BR-319 para o Amazonas e denunciou o descaso dos políticos amazonenses para resolver esse problema.

“Historicamente o Brasil escolheu como o seu modal de transporte padrão, o rodoviário. O Governo Federal tem a obrigação de bancar essa BR porque é um plano nacional de integração do país. Não quero cometer nenhuma ofensa, mas é pura demagogia de um parlamentar federal falar hoje de BR-319. Sinceramente, tem parlamentar federal no Amazonas que não sabe nem por onde se dar o acesso a BR, é capaz de bater em Manacapuru achando que está entrando na 319. Participei de todas as caravanas de Rondônia a Manaus, de Manaus à Rondônia, transitei diversas vezes pela 319 e nessas caravanas não encontravam-se os nossos parlamentares federais, nem o prefeito de Manaus, nem o governador do Amazonas. Ao contrário do Estado de Rondônia, que teve caravanas em que estavam presentes vice-governador, 3 senadores, todos os oito deputados federais e diversos deputados estaduais. Caravana essa que fiquei morrendo de vergonha por ser o único representante do Estado”, afirmou.

Durante o bate-papo, o um internauta que acompanhava a entrevista, perguntou sobre a posição do parlamentar acerca os altos gastos de verbas públicas em patrocínios à bandas nacionais em detrimento das locais e ao apadrinhamento de jogos como o dominó, por exemplo.

“Acredito que a pergunta tem duas frentes: uma é a Secretaria de Esporte e a outra a de Cultura; Na Secretaria de Esporte, por exemplo, nós temos a pretensão de devolver  o dinheiro do esporte para os bairros e municípios. Na zona leste, onde temos uma necessidade muito grande de atenção do poder público, lá não chega uma bola, um tatame, assim como em municípios do interior. Todos os projetos sociais se desenvolvem pela vontade de um empresário local em ajudar ou pela vontade dos moradores em se organizar em um projeto social, mas a presença do poder público é zero nesses locais. O poder público se concentra em gastar o dinheiro do esporte em grandes eventos, pagando cachê para celebridade, patrocinando campeonato de dominó de R$ 750 mil para favorecimento. E, somando todas as premiações desse campeonato e somar todos os gastos, não dar R$ 100 mil”, comentou o deputado.

Platiny relatou ainda que, é autor de uma representação no Tribunal de Contas exigindo a devolução desse dinheiro aos cofres públicos. O deputado aproveitou a ocasião e denunciou que na Secretaria de Cultura, em uma sexta-feira só, o governo do Estado repassou cerca de R$ 16 milhões para o pagamento de eventos com grandes atrações nacionais. “É o momento em que o povo deve fazer uma avaliação, se na sua falta de necessidades básicas, se aceita a política do pão e circo”, concluiu.

Deixe um comentário