O Ministério Público da França abriu, nesta segunda-feira (26), um inquérito policial para investigar a morte de uma sobrevivente do […]

Sobrevivente do holocausto morre esfaqueada e queimada na França

O Ministério Público da França abriu, nesta segunda-feira (26), um inquérito policial para investigar a morte de uma sobrevivente do Holocausto, de 85 anos, que foi encontrada morta em seu apartamento em Paris, na última sexta-feira (23).

A procuradoria de Paris está tratando a morte como um ataque antissemita, informou a agência de notícias France Presse. A neta da vítima acusou um vizinho muçulmano como sendo o autor do crime.

O corpo parcialmente carbonizado de Mireille Knoll foi encontrado em seu apartamento, no 11º arrondissement de Paris. Segundo o jornal Le Parisien, Knoll foi esfaqueada e encontrada pela polícia e os bombeiros enquanto seu apartamento estava em chamas.

Uma fonte, que não quis ter a identidade revelada, informou ao jornal acreditar que seus assassinos colocaram fogo no local para apagar os vestígios do crime.

O procurador exigiu a detenção provisória de dois suspeitos: um vizinho da vítima e outra pessoa que está sob suspeita de cumplicidade. Ainda conforme o Le Parisien, o vizinho possui um histórico de condenação por agressão sexual contra uma jovem que é filha da enfermeira de Knoll.

A octogenária, que morava sozinha em seu apartamento e sofria do mal de Parkinson, se locomovia com dificuldade e tinha a ajuda de uma enfermeira, diz o periódico francês.

O filho de Knoll afirmou ao jornal Times of Israel que um dos suspeitos detidos era um visitante regular de sua mãe e que era “tratado como um filho”.

“Estamos em choque. Não entendo como alguém poderia matar uma mulher que não tem dinheiro e que mora em um complexo de habitação social”, salientou o filho, Daniel.

A neta da vítima, Noa Goldfarb, disse em um post no Facebook que o suspeito é muçulmano: “Minha avó foi esfaqueada até a morte 11 vezes por um vizinho muçulmano que ela conhecia bem, que fez questão de atear fogo em sua casa e nos deixar sem nenhum objeto, carta, fotografia para nos lembrar dela. Tudo o que temos são nossas lágrimas e uns aos outros”, escreveu.

Holocausto

Durante a 2ª Guerra Mundial, Knoll conseguiu escapar do nazismo durante uma fuga em massa de judeus da capital francesa.

A notícia de sua morte causou grande comoção na comunidade judaica. Uma marcha será realizada em apoio à sua memória na próxima quarta-feira, data prevista para ocorrer seu enterro.

*Informações da fonte: Portal G1

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