Moradores de Rifaina (SP) e do distrito de Alto Porã ficaram assustados na noite do último sábado (24), após perceberem […]

Tremor de magnitude 3 assusta moradores de Rifaina, em São Paulo

Moradores de Rifaina (SP) e do distrito de Alto Porã ficaram assustados na noite do último sábado (24), após perceberem um tremor de terra. Segundo os populares, o abalo foi sentido por volta das 23h20 e durou cerca de três minutos.

O Centro de Sismologia da Universidade de São Paulo (USP) registrou um abalo de magnitude 3 na escala Richter, às 23h26. O epicentro foi a Vila de Estreito, distrito de Pedregulho (SP), às margens do Rio Grande.

Em nota, o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP) informou que o tremor pode ser sentido ainda em Pedrosa, na região de Sacramento (MG), a 10 quilômetros do epicentro.

De acordo com o professor do IAG, Marcelo Assumpção, tremores desta magnitude não são capazes de causar danos por causa do baixo impacto.

A Defesa Civil e a Polícia Militar não registraram ocorrências.

Estrondo forte

A guarda civil municipal, Elisângela Dias, trabalhava no monitoramento das câmeras de segurança do município quando ouviu um forte estrondo. Em seguida, Elisângela recebeu um telefonema de um vizinho, morador do distrito Alto Porã (a 12 quilômetros de Rifaina), perguntando sobre o barulho vindo da cidade.

“Eu ouvi um barulho muito alto. Parecia que um caminhão estava caindo sobre a gente, uma bomba. Olhei para o lado e o copo descartável caiu, a janela estava tremendo. Eu falei para o meu vizinho que não sabia o que tinha acontecido e que iria até o pronto-socorro pra saber se alguém tinha ouvido ou visto alguma coisa”, relatou Elisângela.

Ainda conforme a agente, ao chegar ao posto, as pessoas comentavam assustadas e especulavam sobre o que tinha acontecido. Nas redes sociais, moradores começaram a procurar por outros que tinham visto ou ouvido algo parecido.

“Voltei ao meu local de trabalho e recebi várias ligações perguntando se eu tinha visto alguma coisa nas câmeras. Eu comecei a passar as imagens e percebi, por volta das 23h20, os coqueiros tremendo na avenida principal. Não estava tempo de chuva, nem nada. As copas das árvores em diferentes ruas, que estavam paradas, tremem nesse horário e depois voltam a ficar paradinhas”, salientou Dias.

A dona de casa, Raquel Rosa Araújo de Faria, jantava com a família quando sentiu a terra tremer. Ela afirmou que as janelas balançaram e que objetos mais leves caíram de um móvel com o impacto. “Tremeu tudo. Os copos que estavam perto um do outro fizeram barulho batendo. Eu tenho umas imagens de santos no topo da minha estante e eles tombaram por causa do tremor.”

Assustada, a família saiu de casa e chegou a suspeitar de um trovão, mas não havia sinal de chuva e o barulho havia sido muito intenso.

“Pra gente que nunca viu isso e nunca imaginou acontecer, foi uma coisa meio tensa. Mas, foi numa escala baixa. Pra quem já tem costume, não foi nada”, contou Raquel.

Tremor

De acordo com o IAG, tremores pequenos não são incomuns no Brasil e são causados por forças ou pressões geológicas presentes na crosta terrestre que, ocasionalmente, podem provocar um leve deslocamento em alguma falha ou fratura geológica no meio da crosta a poucos quilômetros de profundidade.

As vibrações sentidas pelas pessoas – e registradas pelas estações sismográficas – são causadas por este deslocamento repentino na fratura.

O Instituto informou, ainda, que a região do triângulo mineiro e o Nordeste do Estado de São Paulo têm histórico de atividade sísmica. Em 1990, o município de Sacramento registrou um tremor de magnitude 4,2 na escala Richter.

*Com informações da fonte: Portal G1

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