A ciência por trás do déjà vu o maior mistério da sua cabeça tem uma explicação científica Segundo uma matéria […]

Você já teve um Déjà Vu, você sabe o que é?

A ciência por trás do déjà vu o maior mistério da sua cabeça tem uma explicação científica

Segundo uma matéria da revista Super Interessante, nos mostra algumas experiência de campo. Os campeões de déjà vu. Morton Leeds, um estudante americano dos anos 1940, foi um deles. O rapaz tinha a extraordinária média de um déjà vu a cada 2,5 dias. E passou um ano registrando as ocorrências num diário, com precisão científica: hora, descrição da cena, sensação. Com essa base de dados, Morton concluiu que a maior parte dos déjà vus acontecia em momentos de stress. Já era alguma coisa. “Os resultados das nossas pesquisas, com pacientes que respondem questionários sobre seus déjà vus, mostram exatamente isso – embora não saibamos a razão. Eles também deixam claro que os mais jovens e viajados são os mais propensos a senti-los”, diz o psiquiatra Chris Moulin, da Universidade de Leeds, na Inglaterra.

Moulin é um dos poucos especialistas que se dedicam ao assunto. Para buscar respostas, garimpou em clínicas psiquiátricas atrás de gente com déjà-vus ainda mais frequentes que os de Morton Leeds. Conheceu pacientes que vivem num déjà–vu eterno, num mundo surreal, onde tudo parece já ter acontecido. Tiririca assumiu a presidência? “Eu sabia, vi isso antes.” A seleção tomou de 7×1? “Sempre soube disso.”

Não é exagero. Um dos pacientes achava que já sabia tudo o que aparecia nos jornais. Outro parou de jogar tênis porque “sabia o resultado de cada jogada”. Mas, não, eles não veem o futuro. Tomografias no cérebro dessas pessoas mostram que sua massa cinzenta atrofiou no lobo temporal, justamente a parte que governa a formação de memórias. A tese é que essas mentes acessam as lembranças na mesma fração de segundo em que elas são gravadas. E isso causa uma ilusão perene: o presente fica parecendo uma memória. É como se você vivesse o tempo todo no seu passado.
fonte: Revista Super Interessante

Pronuncia-se Déjà vi, é um termo da língua francesa, que significa “já visto”. Déjà vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca a viu antes.

Na posição de Freud são lembranças da infância, na posição de Jung é uma premonição. Mas ainda há muitas coisas a serem desvendadas. Eu já tive vários déjà vu e agora como psicanalista pude entender muitas coisas. “Dito em termos sucintos, a sensação do “déjà vu” corresponde à recordação de uma fantasia inconsciente” (FREUD, p. 267).

O Dr. Ferenczi é citado por Freud: “Num de meus pacientes aconteceu algo aparentemente diferente, mas, na realidade, inteiramente análogo. Esse sentimento retornava nele com muita freqüência, mas mostrava regularmente ter-se originado de um fragmento esquecido (recalcado) de um sonho da noite anterior. Portanto, parece que o ‘déjà vu‘ não só pode derivar-se dos sonhos diurnos, como também dos sonhos noturnos.” (FREUD, p. 269).

AS RELIGIÕES

Para os esotéricos são vidas passadas que acabam se repetindo de vez em quando, para o cristianismo não existe respaldo bíblico para dizer a procedência desses “déjà vus”, mas que de fato existem esses com comprovações científicas, como supracitado.

INCONSCIENTE ESPIRITUAL

Bem sabemos que fomos criados por Deus para os que acreditam nisso é claro, para cristãos e outras religiões que creem num criador de tudo. Tudo que somos tem a ver com o nosso espiritual, os nossos dons não vieram de nós, vieram de Deus. Nossas artes, nossos talentos, nossa inteligência vieram do nosso espiritual colocado em nossas consciências. Muitas pessoas se esquecem de que foi Deus quem deu seus dons e talentos. Pensam que são boas por si próprias, mas a verdade é que tudo o que temos e somos vem de Deus. A Bíblia chega a afirmar que tudo de bom que alguém têm vem do alto, vem do Pai (Tiago 1:17).

Viktor Frankl  –  Contudo, a espiritualidade caracterizaria a dimensão eminentemente humana e existencial, aberta e transcendente, que se constitui como consciência e responsabilidade. Esta dimensão relaciona-se com a totalidade, tomando-a enquanto horizonte. Apontando para o absoluto, a relação espiritual originária com o sagrado, essa linguagem que expressa a relação do Eu com o Tu eterno, é o que Frankl entende por religiosidade. Poderia, sinteticamente, ser colocada a espiritualidade como a dimensão propriamente humana que se abre para o mundo e a religiosidade como a qualidade do espírito que está em relação com a totalidade, constituindo-se como a palavra dirigida ao absoluto. Nesse sentido, a espiritualidade e a religiosidade tornam-se questões reconhecidamente humanas para a Análise Existencial e para a Logo terapia, não se constituindo como epifenômenos resultantes de fantasiais ou de projeções do homem para reconfortar a existência, pressuposta sem sentido. Pelo contrário, a relação com a instância do absoluto abre-se como uma categoria ontológica da antropologia frankliana, e é exatamente por um viés filosófico e psicológico que tal diálogo é reconhecido e possibilitado. Retomando a compreensão de supra-sentido, Frankl (1948/2007)

Conclusão

A explicação da psicanálise sobre o Déjà Vu é de que o conteúdo que é sentido pela consciência é um conteúdo inconsciente que, em outro momento, passou pela consciência em um sonho ou em uma fantasia diurna. Devido ao recalcamento, o conteúdo não está mais disponível à consciência, exceto quando acontece.

Você já teve um déjà vu?

Elias Moura

Psicanalista e teólogo

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